Preso
desde novembro de 2014, o engenheiro Renato Duque, ex-diretor de Serviços da
Petrobras, deve ser o próximo investigado pela Operação Lava-Jato a assinar um
acordo de delação premiada em Curitiba.
O
ex-diretor acaba de se tornar colaborador formal da força-tarefa em um acordo
internacional e está em negociações avançadas com os procuradores para passar a
delatar também nos casos da Lava-Jato.
Duque
atravessou os oito anos de governo Lula e metade do primeiro mandato de Dilma
Rousseff recolhendo propinas na Petrobras.
Considerado
pelos investigadores o principal operador do PT no esquema, ele tornou-se um
"ativo" nas investigações por guardar em seus arquivos um amplo
conjunto de provas documentais que reforçariam o elo entre o PT, os
ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e os repasses da Odebrecht.
Condenado
a 57 anos de prisão por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
organização criminosa, Renato Duque já vem abastecendo as investigações com
detalhes de episódios comprometedores envolvendo a cúpula do PT nos pagamentos
de propina feitos pela Odebrecht.