A
cúpula do PT já admite que o ex-presidente Lula pode ser preso antes da Páscoa
(1º de abril), e por isso decidiu intensificar a campanha para cobrar a reação
dos militantes nas ruas.
Nesta
segunda-feira, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse que o
partido vai com Lula "até as últimas consequências" e não aceitará de
braços cruzados a prisão. "Nós não vamos aceitar mansamente a prisão do
Lula".
Logo
em seguida, porém, a presidente do PT destacou que não estava pregando ofensiva
violenta. Em janeiro, a senadora chegou a dizer que, para prender Lula, seria
preciso "matar gente".
"Antes
que me questionem, não estou falando aqui que vai ter revolução. Mas a
militância do nosso partido e dos movimentos que sempre lutaram ao nosso lado
não vai aceitar isso pacificamente".
Gleisi
criticou o que definiu como "inércia" do STF ao não analisar a
legalidade de prisões em casos de condenação pela 2ª instância antes de
esgotados todos os recursos: "O que estão fazendo com Lula fere
frontalmente a Constituição". Amanhã, o advogado de Lula, Sepúlveda
Pertence, será recebido pela presidente do STF, Cármen Lúcia. Busca-se marcar o
julgamento do habeas corpus do petista.