9 de novembro de 2017

Justiça cassa vereadoras de Ceará Mirim por excesso de gastos em campanha

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) cassou os mandatos das vereadoras Jumária Mota (Podemos) e Ângela Aquino (PTC), da Câmara Municipal de Ceará Mirim.
Os membros da Corte seguiram, à unanimidade, o entendimento do Ministério Público Eleitoral, que acusou as parlamentares de ultrapassarem em mais de 30% o limite de gastos em suas campanhas.
Na eleição de 2016, as duas vereadoras integraram a mesma coligação, a “Avante Ceará Mirim: Retroceder Jamais”, formada pelos partidos PTN (atual Podemos), PTC, PSC, PR e PTdoB (atual Avante). Jumária obteve 1.780 votos, enquanto Ângela conquistou 1.775 sufrágios. A coligação elegeu, ao todo, quatro representantes.
Elas já tiveram seus diplomas cassados em primeira instância, mas recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral, ambas obtendo novos resultados desfavoráveis na última terça-feira (7). Com a nova decisão, elas podem até recorrer em instâncias superiores, mas não mais no cargo.
O fato de terem extrapolado o limite de gastos de campanha estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é admitido por ambas, que tiveram, inclusive, suas prestações de contas rejeitadas. O TSE fixou em R$ 18.328,63 o teto de gastos para candidatos a vereador em Ceará Mirim, nas últimas eleições. Ângela Aquino ultrapassou esse limite em mais de 50%, exatos R$ 9.450,03, e Jumária Mota em aproximadamente 39%, R$ 7.189,69.
Com as cassações de Jumária Mota e Ângela Aquino, os suplentes são Randinho de Massaranduba (615 votos, Podemos) e Lindonor Torres (450 votos, PTC). Eles estão nas primeiras suplências porque o primeiro suplente, Luciano Morais (751 votos, PR), já foi empossado devido ao fato de o vereador eleito Thiago Coutinho (1.615 votos, PR) ter sido nomeado secretário municipal pelo prefeito Marconi Barretto (PSDB).