O
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte recebeu pedido do Ministério Público
para afastar o deputado estadual Ricardo Motta (PSB) do cargo. Ricardo Motta é
suspeito de ter desviado R$ 19 milhões do Instituto de Desenvolvimento Sustentável
e Meio Ambiente (Idema) e de chefiar, segundo o MP, uma quadrilha que roubou
recursos da Assembleia Legislativa através de “servidores fantasmas”.
A
decisão do desembargador Glauber Rêgo revela ainda que o MP havia solicitado
anteriormente a prisão preventiva do deputado, o que foi negado pelo
magistrado.
O
advogado de Ricardo Motta, Thiago Cortez, disse que não vê motivos para o
afastamento do deputado, mas que vai analisar o pedido do Ministério Público e
apresentar a defesa.
Em
decisão publicada na última sexta-feira (26), o desembargador Glauber Rêgo,
relator da ação cautelar protocolada pela Procuradoria-Geral de Justiça,
determinou que o deputado terá prazo de até cinco dias para se defender antes
de se pronunciar sobre o pedido de afastamento.
Ricardo
Motta é denunciado por dois crimes: o de ter desviado, entre janeiro de 2013 e
dezembro de 2014, R$ 19 milhões do Idema, em proveito próprio e de terceiros; e
de ter chefiado, entre 2011 e 2015, uma organização criminosa que desviou
recursos públicos da Assembleia Legislativa mediante a inserção de “servidores
fantasmas” na folha de pagamento do órgão.