Uma
ação do Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte resultou na
condenação do ex-deputado estadual Gilson Moura e do Supermercado Nordestão,
dentro da chamada Operação Pecado Capital.
As
investigações apontaram que, pelo menos, R$ 30 mil em multas que deveriam ser
aplicadas ao supermercado, em 2008, pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem/RN)
foram substituídas por punições mais leves, como simples advertências. Em
troca, a empresa doou, irregularmente, alimentos à campanha do parlamentar, que
foi candidato a prefeito de Parnamirim em 2008.
Gilson
Moura foi quem indicou Rychardson de Macedo, então diretor geral do Ipem/RN, e
comandava junto com ele e outros envolvidos (dentre os quais o advogado Lauro
Maia, filho da então governadora Wilma de Faria) o esquema de irregularidades
desbaratado pela Operação Pecado Capital.
Os
produtos doados pela empresa, como propina, foram oferecidos como “cafés da
manhã”, pelo então candidato Gilson Moura, a seus potenciais eleitores à
Prefeitura de Parnamirim.
Gilson
Moura foi condenado a ressarcir o dano (R$ 30 mil a serem acrescidos de
correção monetária e juros) junto com o supermercado; além de ter seus direitos
políticos suspensos por cinco anos, a contar do trânsito em julgado do
processo; e recebeu uma multa de R$ 15 mil. Ele e a empresa, que também terá de
pagar multa no mesmo valor, tiveram ainda como pena a proibição de contratar
com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou
indiretamente, pelo prazo de cinco anos.