O
ex-deputado federal João Maia, presidente regional do PR no Rio Grande do
Norte, teria cobrado propina de empreiteiras contratadas pelo Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Rio Grande do Norte,
segundo a delação premiada do ex-chefe de Serviço de Engenharia do órgão, Gledson
Golbery de Araújo Maia.
O
curioso é que Gledson Maia é sobrinho de João Maia. A propina era cobrada em
contratos de obras, manutenção e sinalização na malha viária federal no estado.
O “custo político”, como ele se referia à cobrança, era de 4% do valor total de
cada obra, livres de impostos. Pelo menos nove empresas ou consórcios teriam
dado propina ao político.
Em
2010, Gledson foi preso pela Polícia Federal na Operação Via Ápia, que
investigou fraudes no Dnit potiguar. De acordo com Gledson Maia, o dinheiro
arrecadado com o “custo político” foi usado na campanha eleitoral de 2010,
quando João Maia acabou reeleito deputado federal, sendo o segundo mais votado
no Estado.
Na
delação, Gledson afirma que o valor arrecadado era dividido entre ele, João
Maia e Fernando Rocha. O ex-deputado, segundo ele, ficava com 70% do apurado.
Gledson e Fernando repartiam os 30% restantes.