A legalidade ou não
dos argumentos contidos na denúncia do processo de impeachment dominou as
discussões sobre o parecer final da comissão especial que analisa o pedido de
afastamento da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Foram mais de
13 horas de debate, na sessão iniciada ontem (8), por volta das 15h30, e
finalizado às 4h43 deste sábado (9).
Ao todo 61 deputados
discursam. A maioria, 39 deles, defenderam o parecer do relator Jovair Arantes
(PTB-GO), que sugeriu o prosseguimento do processo de impeachment,
praticamente o dobro dos que se posicionaram contrários (21) e um indeciso.
A expectativa do
governo era de que teria 29 votos contra o impeachment e a oposição31 votos
contra o afastamento da presidente. Teve 10 votos a menos.
Agora o Governo
trabalha para reverter o quadro no plenário da Câmara, onde a oposição
precisaria de 342 votos.
A próxima reunião da
comissão está marcada para a próxima segunda-feira (11), às 10h, quando o
relator Jovair Arantes fará a réplica. Na ocasião, os 27 líderes partidários
poderão fazer comentários acerca do parecer e orientar suas bancadas. Também
será aberto espaço para as considerações finais da defesa da presidenta.
A votação do
relatório na comissão está marcada para ter início às 17h da segunda-feira.