O
senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou, em entrevista ao Broadcast
Político, que a atuação do presidente do partido, Carlos Lupi, em promover a
candidatura presidencial do ex-ministro e recém-filiado à legenda Ciro Gomes
sem realizar prévias é uma "gota d'água" para ele deixar o partido.
Ele
disse que ainda não tomou uma decisão sobre quando e para qual partido deve
migrar.
Questionado
se deve ir para o PPS, partido do seu "velho amigo" Roberto Freire
(SP), para se candidatar ao Palácio do Planalto em 2018, ele preferiu deixar
seu futuro em aberto. "Pode ser prematuro dizer que não vou (para o
partido)", disse, ao fazer uma analogia. "Me parece a história de um
cara não vai bem no casamento e pergunta o nome da futura mulher, eu duvido que
ele diga."
Ex-governador
de Brasília e ex-ministro da Educação de Lula pelo PT, Cristovam disse que o
descontentamento com Lupi vem desde a eleição de 2006, quando se candidatou a
presidente pelo PDT. Segundo ele, o presidente do partido criticava-o por não
"bater" no Lula durante a disputa presidencial. Ele resistiu ao
avaliar que, com pouco tempo de propaganda na televisão, seria melhor usá-lo
apresentando propostas. "Eu tinha só dois minutos, como vou perder meu tempo
para criticar?", questionou.
O
senador pelo PDT disse que, logo após a eleição, Lupi aceitou um ministério no
governo reeleito de Lula para o partido - que, em sua avaliação, caminhou para
ser um "apêndice" do PT.