A
greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
completou quatro meses essa semana e já é a paralisação mais longa da
categoria. As negociações com o governo não avançaram nos últimos dias e não há
previsão para o término da greve, de acordo com o presidente da Associação
Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), Francisco Eduardo Cardoso.
Entre
as reivindicações dos profissionais está o aumento salarial de 27%, em no
máximo duas parcelas anuais, a efetivação em lei da redução da carga horária de
40 horas para 30 horas semanais, a recomposição do quadro de servidores e o fim
da terceirização da perícia médica com retorno da exclusividade da carreira
médica pericial.
Cardoso
disse que as negociações entre o governo e a categoria estão paralisadas. O
INSS estima que 1,3 milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o dia 4
de setembro do ano passado, quando a paralisação foi iniciada.
A perícia é
exigida para conseguir o auxílio-doença, aposentadoria especial por invalidez e
para voltar ao trabalho depois da licença.