O Tesouro Nacional terminará o
ano de 2014 com um saldo próximo a zero nas contas públicas, estimam
especialistas. Isso sem considerar os gastos com juros.
Incluindo-os na conta, o saldo
negativo chegará perto dos 5% do Produto Interno Bruto (PIB), um nível ruim
como não se vê desde 2003.
De cada R$ 10 arrecadados pelo
governo, R$ 9 estão comprometidos com gastos quase impossíveis de cortar, como
salários, aposentadorias e juros da dívida. E o R$ 1 restante, que em tese é a
parte “cortável”, são investimentos – que a presidente não quer prejudicar,
para não frear ainda mais uma economia que já está fraca.
Dessa forma, a aposta dos
especialistas é que o ajuste de 2015 será um mix de reduções modestas no gasto
e, principalmente, de aumento da carga tributária.
A volta da Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico (Cide) nos combustíveis é dada como certa. Mas são
esperadas outras iniciativas, como a volta da Contribuição Provisória sobre a
Movimentação Financeira (CPMF).