17 de novembro de 2014

Governo dependerá de mais impostos para ajustar suas contas

O Tesouro Nacional terminará o ano de 2014 com um saldo próximo a zero nas contas públicas, estimam especialistas. Isso sem considerar os gastos com juros.
Incluindo-os na conta, o saldo negativo chegará perto dos 5% do Produto Interno Bruto (PIB), um nível ruim como não se vê desde 2003.
De cada R$ 10 arrecadados pelo governo, R$ 9 estão comprometidos com gastos quase impossíveis de cortar, como salários, aposentadorias e juros da dívida. E o R$ 1 restante, que em tese é a parte “cortável”, são investimentos – que a presidente não quer prejudicar, para não frear ainda mais uma economia que já está fraca.
Dessa forma, a aposta dos especialistas é que o ajuste de 2015 será um mix de reduções modestas no gasto e, principalmente, de aumento da carga tributária.
A volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) nos combustíveis é dada como certa. Mas são esperadas outras iniciativas, como a volta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).