18 de novembro de 2014

Diretor de empreiteira admite ter pago propina ao PP

Em depoimento à Polícia Federal, o diretor de Óleo e Gás da construtora Galvão Engenharia , Erton Medeiros Fonseca, admitiu ter pago propina no esquema de corrupção operado na Petrobras pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.  As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo Erton Medeiros Fonseca, o dinheiro foi destinado ao PP. Preso na sexta-feira durante a sétima fase da Operação Lava Jato, Fonseca prestou depoimento na segunda-feira. Ele afirma, contudo, ter sido extorquido pela dupla a fazer o pagamento.
De acordo com o executivo, Youssef e Costa teriam afirmado que, caso a propina não fosse paga, a empreiteira seria prejudicada pela estatal nos contratos em andamento.
De acordo com as investigações, Costa e Youssef organizaram um esquema de desvio de recursos da estatal para enriquecimento próprio e para abastecer o bolso de políticos e partidos da base aliada.
O ex-diretor listou oito empreiteiras envolvidas no cartel: Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Galvão Engenharia, Iesa, Engevix, Mendes Junior e UTC – e os nomes de seus interlocutores em cada uma delas.
As empreiteiras superfaturavam os custos e repassavam até 3% do valor dos contratos para os “agentes políticos”. No caso da diretoria de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto Costa, o dinheiro desviado era dividido entre o PT, o PMDB e o PP.