Em depoimento à Polícia
Federal, o diretor de Óleo e Gás da construtora Galvão Engenharia , Erton Medeiros
Fonseca, admitiu ter pago propina no esquema de corrupção operado na Petrobras
pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal
Paulo Roberto Costa. As informações são
do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo Erton Medeiros
Fonseca, o dinheiro foi destinado ao PP. Preso na sexta-feira durante a sétima
fase da Operação Lava Jato, Fonseca prestou depoimento na segunda-feira. Ele
afirma, contudo, ter sido extorquido pela dupla a fazer o pagamento.
De acordo com o executivo,
Youssef e Costa teriam afirmado que, caso a propina não fosse paga, a
empreiteira seria prejudicada pela estatal nos contratos em andamento.
De acordo com as investigações, Costa e Youssef
organizaram um esquema de desvio de recursos da estatal para enriquecimento
próprio e para abastecer o bolso de políticos e partidos da base aliada.
O ex-diretor listou oito
empreiteiras envolvidas no cartel: Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Galvão
Engenharia, Iesa, Engevix, Mendes Junior e UTC – e os nomes de seus
interlocutores em cada uma delas.
As empreiteiras superfaturavam
os custos e repassavam até 3% do valor dos contratos para os “agentes
políticos”. No caso da diretoria de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto
Costa, o dinheiro desviado era dividido entre o PT, o PMDB e o PP.