13 de março de 2014

Justiça derruba sigilo de Gilson Moura e Micarla

O desembargador Virgílio Macedo decretou ontem o fim do sigilo da denúncia do Ministério Público contra o deputado estadual Gilson Moura e a ex-prefeita de Natal, Micarla de Sousa.
Ao  abrir o sigilo, os depoimentos prestados revelam o caminho percorrido pelos recursos desviados e como a estrutura da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) e a Associação de Atividades de Valorização Social (Ativa), no período de junho a dezembro de 2010, era usada para  custear a campanha eleitoral do deputado.
A denúncia foi uma das primeiras medidas resultantes da colaboração premiada de Rychardson de Macedo Bernardo e Emanuela de Oliveira Alves. E foi oferecida pelo MPRN na última sexta-feira, dia 7, à Justiça.
De acordo com a peça, a “provisão de fundos” para a campanha de reeleição foi feita a partir da contratação de funcionários “fantasmas” indicados pelo deputado. Em ofícios encaminhados à Semthas  solicitando realização de processo seletivo já constavam a lista de nomes dos indicados e até  remuneração  a ser paga para cada cargo, além da complementação de salários por meio de horas extras.
     De acordo com o delator, Rychardson Macedo, dos cargos comissionados de Moura “90%, 95% não davam expediente. A quantidade de gente não tinha como dar expediente na sede, e as pessoas de Gilson, muitos, muitas pessoas contratava era pra ficar na sede e outros simulava”.