1 de março de 2014

Apoio de prefeito não garante vitória para o Governo do Estado

Tem muita gente que se ilude com o fato de que prefeitos apoiam candidato “a” ou “b” em uma eleição para governador, considerando esse fato como primordial. A história nos mostra que não é bem assim.
Aqui no Rio Grande do Norte, em 2002, Wilma de Faria foi candidata ao Governo do Estado e tinha apenas, inicialmente, no 1º turno, o apoio de 3 prefeitos. Depois, esse número aumento no 2º turno. E Wilma foi eleita com 820.541 votos, correspondentes a 61,05% dos votos válidos.
Em 2006, a atual governadora Rosalba Ciarlini (DEM) disputou uma cadeira no Senado contra o então senador e ex-ministro da Integração, Fernando Bezerra, que tinha o apoio da mais de 200 prefeito. Mas, Rosalba ganhou a eleição por uma diferença de 0,76% dos votos, vencendo nos principais colégios eleitorais – Natal, Mossoró e Parnamirim.
Em 2010, A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff venceu a eleição em 160 municípios do Rio Grande do Norte. A vitória mais expressiva dela foi em Mossoró, base eleitoral da candidata vitoriosa ao Governo do Estado Rosalba Ciarlini (DEM). Em Mossoró, Dilma teve 54.856 votos, contra 32.745 do candidato tucano, José Serra.
E pasmem: nesta eleição o candidato José Serra venceu o pleito em Parnamirim, onde o prefeito Maurício Marques e o deputado Agnelo Alves, ambos do PDT, apoiavam Dilma Rousseff e o município havia recebido muitos recursos do Governo Federal que foram transformados em obras para a população.
Então, o simples apoio de um prefeito não é necessariamente condição para o candidato se eleger...