O Conselho Nacional do Ministério
Público quer saber por que o ex-procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, engavetou a denúncia de caixa dois na campanha de
2006 e que envolve o senador José Agripino e a governadora Rosalba Ciarlini,
informa reportagem de IstoÉ, na edição que chega às bancas neste final de
semana.
“O
caixa 2 do DEM no Rio Grande do Norte foi parar no
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que agora quer saber o por que o
ex-procurador-geral Roberto Gurgel não investigou o caso.
Em sua última edição, ISTOÉ revelou um
esquema envolvendo a governadora Rosalba Ciarlini. Como mostrou a reportagem,
interceptações telefônicas flagraram o presidente do DEM, senador José Agripino
(RN), e o marido de Rosalba, Carlos Augusto Rosado, acertando detalhes de um
financiamento de campanha ilegal. A
partir do telefone do contador da legenda Galbi Saldanha, hoje
secretário-adjunto da Casa Civil da governadora, funcionários aparecem
fornecendo números de contas pessoais para receber transferências irregulares
de recursos”, diz o texto.
O
caso do caixa 2 foi revelado originalmente na imprensa potiguar. Ele ganhou
notoriedade nacional quando a IstoÉ, na semana passada, anunciou qu eo atual
procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, decidiu desengavetar as denúncias
envolvendo a cúpula do Democratas.
“As
gravações já haviam sido enviadas à Procuradoria-Geral da República em 2009,
mas desde então nada foi feito. O conselheiro do CNMP Luiz Moreira questiona os
motivos que levaram ao arquivamento dos grampos.
“Este é um exemplo da controvertida gestão de Roberto Gurgel”, diz Moreira.
“Trata-se de uma falta de clareza de critérios, que faz com que se pense que
ele atuava com parcialidade.”, anota outro trecho da matéria.