O Colégio de Procuradores do Ministério Público do Rio
Grande do Norte emitiu nota de repúdio ao procurador-geral de Justiça, Rinaldo
Reis, e desagravou o movimento paredista dos servidores, realizado na
quarta-feira (6).
“O colégio sai em desagravo porque entendemos que temos que
conviver em perfeita harmonia. A manifestação é pacífica em defesa do que eles
lutam e ficou sem sentido e qualquer justificativa a polícia para intimidação
como o procurador Rinaldo fez”, explicou à reportagem do portalnoar.com o
ex-PGJ Anísio Marinho.
A nota dos procuradores não trata do repúdio à exoneração do
diretor de Comunicação, Tullio Andrade. Rinaldo Reis admitiu que o exonerou por
questões sindicais.
Sobre o assunto, Marinho comentou o seguinte: “O MP tem
como missão a defesa do regime democrático. É preciso se respeitar as posições
diferentes. Se o servidor manifesta sua posição, e há essa retaliação, é
indevido.”
Anísio Marinho criticou ainda a existência de um
parecer da assessoria jurídica do PGJ que acusa de ilegal a manifestação
realizada pelos servidores.
“Quem deve decretar se um movimento é ilegal ou não
é o Judiciário. A ilegalidade não pode ser decretada pelo MP. É muito grave.
Nunca antes houve isso na história do Ministério Público”, ressalta a nota.