2 de novembro de 2013

Após sequência de 14 tremores, cidade de Pedra Preta está em alerta

A ocorrência de 14 tremores de terra entre a noite da última quinta-feira e a manhã de ontem já é considerada a atividade sísmica mais intensa da história na área de Pedra Preta, cidade localizada a 115 quilômetros de Natal.

A população e autoridades estão em alerta. A Defesa Civil Estadual fez uma visita à cidade para tranqüilizar os cerca de 2.600 habitantes. A recomendação é “dormir com as portas destrancadas, colocar colchões nas calçadas ou ao menor sinal de tremor sair de casa”.

As causas para o aumento da atividade sísmica na região, que já teria chegado a mais de 180 registros na última semana, ainda não são conhecidas.

Segundo os pesquisadores do Laboratório de Sismologia da UFRN, historicamente a área é palco de tremores, por estar sobre uma falha geológica, mas não há como garantir qual a causa para o crescimento do número de eventos. Por isso, o monitoramento vem sendo constante.

Os tremores já registrados são considerados de baixa magnitude. O mais intenso chegou a 3.5 na escala Richter, segundo registro do LabSis. Na escala Richter – uma das unidades usadas para medir a atividade sísmica - tremores entre 2 e  4,9 graus são descritos como de baixa intensidade.

De qualquer modo,  os “ligeiros e leves” tremores de terra em Pedra Preta despertam muito medo na população. “Apavorados” é o termo mais ouvido quando se pergunta aos moradores da cidade que descrevam como estão se sentindo diante da situação. Durante a visita de ontem, a Defesa Civil procurou tranqüilizar e orientar a população.

O coordenador estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Josenildo Acioli, esteve na cidade para conversar com o prefeito Luiz Antônio Bandeira de Souza e com a população. “Viemos tratar desses abalos, tranquilizar as autoridades e a população. De antemão, a recomendação que fazemos é: ao sentir o abalo, sair de casa”, afirmou Acioli.

O próprio prefeito Luiz Antônio Bandeira de Souza tentava passar calma aos moradores, mas não conseguia esconder a própria aflição. Segundo ele, até ontem pela manhã as únicas orientações tinham vindo da equipe de geólogos da UFRN.

Fonte: Tribuna do Norte