A ocorrência de 14 tremores de terra entre a noite da última
quinta-feira e a manhã de ontem já é considerada a atividade sísmica mais intensa
da história na área de Pedra Preta, cidade localizada a 115 quilômetros de
Natal.
A população e autoridades estão em alerta. A Defesa
Civil Estadual fez uma visita à cidade para tranqüilizar os cerca de 2.600
habitantes. A recomendação é “dormir com as portas destrancadas, colocar
colchões nas calçadas ou ao menor sinal de tremor sair de casa”.
As causas para o aumento da atividade sísmica na região, que
já teria chegado a mais de 180 registros na última semana, ainda não são
conhecidas.
Segundo os pesquisadores do Laboratório de Sismologia da
UFRN, historicamente a área é palco de tremores, por estar sobre uma falha
geológica, mas não há como garantir qual a causa para o crescimento do número
de eventos. Por isso, o monitoramento vem sendo constante.
Os tremores já registrados são considerados de baixa
magnitude. O mais intenso chegou a 3.5 na escala Richter, segundo registro do
LabSis. Na escala Richter – uma das unidades usadas para medir a atividade
sísmica - tremores entre 2 e 4,9 graus
são descritos como de baixa intensidade.
De qualquer modo, os
“ligeiros e leves” tremores de terra em Pedra Preta despertam muito medo na população.
“Apavorados” é o termo mais ouvido quando se pergunta aos moradores da cidade
que descrevam como estão se sentindo diante da situação. Durante a visita de
ontem, a Defesa Civil procurou tranqüilizar e orientar a população.
O coordenador estadual de Defesa Civil, tenente-coronel
Josenildo Acioli, esteve na cidade para conversar com o prefeito Luiz Antônio
Bandeira de Souza e com a população. “Viemos tratar desses abalos, tranquilizar
as autoridades e a população. De antemão, a recomendação que fazemos é: ao
sentir o abalo, sair de casa”, afirmou Acioli.
O próprio prefeito Luiz Antônio Bandeira de Souza tentava
passar calma aos moradores, mas não conseguia esconder a própria aflição.
Segundo ele, até ontem pela manhã as únicas orientações tinham vindo da equipe
de geólogos da UFRN.
Fonte: Tribuna do Norte