29 de outubro de 2013

Embate entre PGJ e procuradores vai parar na Assembleia Legislativa

O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, reagiu ao movimento ensaiado por seus pares do Colégio de Procuradores do MPRN e afirmou que não compete ao colegiado deliberar sobre as propostas que ele encaminhou à Assembleia Legislativa em setembro passado e que cria função gratificada e prerrogativa de procurador a promotores em casos especificados nos projetos de lei.

Os 21 membros do colegiado entendem que Rinaldo, que preside o Colégio, transgrediu normas quando deixou de lhes consultar sobre as matérias.

O Colégio de Procuradores é uma espécie de cúpula administrativa com prerrogativas previstas na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, tendo, inclusive, o poder de destituir Rinaldo Reis da chefia do MP, caso este incorra em ato incompatível com seu cargo.

A queda de braço entre PGJ e procuradores diz respeito aos Ofícios nº 186/2013 e nº 195/2013, que alteram as Leis Complementares nº 141, de 9 de fevereiro de 1996, e a nº 446, de 29 de novembro de 2010, para dispor sobre a criação de funções gratificadas de Chefe Recursal, Coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e Coordenador do Gabinete de Segurança Institucional, além de outras providências; e que modifica dispositivos da Lei Complementar nº 141, de 9 de fevereiro de 1996, para dispor sobre a possibilidade de substituição dos Procuradores de Justiça por Promotores de Justiça em casos de suspeição e impedimentos, bem como nos afastamentos e licenças de até 60 dias.

Na quinta-feira (24), em sessão extraordinária, PGJ e procuradores se reuniram para discutir o assunto.

“Eles queriam que as matérias fossem retirada da Assembleia Legislativa. Mas eu não concordei. Não concordei porque não está na competência deliberativa do Colégio de Procuradores”, destacou o procurador-geral de Justiça.