A denúncia de que o torcedor do América, Al Unser Ayslan Silva do Nascimento, 21 anos, mais conhecido por Silva, foi torturado pela polícia do Estado de Alagoas vai ser apurada. Integrante da torcida organizada Máfia Vermelha, o torcedor está preso desde o sábado (7), acusado de matar um torcedor rival do CRB em Maceió, na frente do estádio Rei Pelé, depois da partida entre os dois times pela Série B do Brasileirão.
O torcedor alega que foi torturado na delegacia para assumir a culpa. O rapaz exibe marcas de espancamento pelo corpo e o juiz da 16ª Vara Criminal, José Braga Neto, declarou à imprensa de Maceió que o preso relatou que sofreu torturas para assumir o assassinato enquanto estava na delegacia de homicídios.
Ainda, segundo o preso, alguns agentes penitenciários também teriam praticado esse crime. Al-Unser denunciou que teve um saco plástico envolto na cabeça, chegando até a desmaiar.
O juiz José Braga Neto quer que sejam identificados agentes penitenciários e policiais que possam ter praticado a violência contra o preso. O magistrado determinou que Ministério Público Estadual e o Ministério da Justiça sejam os responsáveis por apurar as declarações do preso.